Os aquecedores a gás de passagem existem há diversas décadas, mas ganharam um grande impulso no Brasil durante a crise de energia de 2001 e 2002 -a época do “apagão”-, quando se mostrou uma alternativa de boa eficiência para reduzir o consumo ao longo do período de racionamento.
Os aquecedores de passagem são pequenos e aquecem imediatamente a água que passa por sua alimentação, devolvendo-a quente para a tubulação. No entanto, ao abrir o registro, primeiro vai sair a água fria que ficou parada cano, entre o aquecedor e a torneira ou chuveiro. A não ser que você não se importe de começar seu banho com água fria, vai ser um desperdício.
Os aquecedores de passagem também tendem a atender um número restrito de pontos de água quente e precisam de acesso a uma área externa para sua chaminé.
Existem muitos modelos, dos mais simples, mecânicos, até os modelos mais modernos, eletrônicos e com controle digital.
Os aquecedores a gás por acumulação lembram bastante os boylers elétricos. Existem muitos modelos, mas os mais comuns se assemelham a um grande cilindro, onde ocorre o aquecimento da água.
A vantagem desse tipo de aquecedor é o fato de sempre existir uma quantidade razoável de água quente em seu interior (em função da capacidade do aquecedor) e a água quente chegar mais rapidamente até o ponto de uso.
O fato de ter uma capacidade maior do que os de passagem também permite ao aquecedor de acumulação atender diversos pontos de consumo, ou um ponto de grande demanda, como uma banheira, por exemplo. Seu tamanho, no entanto, é muito maior do que um aquecedor a gás de passagem.
Existe ainda a possibilidade de união dos sistemas de passagem e acumulação. As empresas que executam esse tipo de instalação costumam chamar o sistema conjugado de "central térmica", que consiste basicamente de um aquecedor de passagem ligado a uma bomba e a uma central de acumulação (com ou sem possibilidade de ligação elétrica).
Essa central garante que sempre haja água quente disponível, de forma similar ao aquecedor de acumulação.
Os aquecedores elétricos também podem ser divididos entre de passagem e acumulação, embora os de passagem sejam conhecidos por outros nomes.
Aquecedores elétricos de passagem são os mais comuns, mas mal nos damos conta deles. Os chuveiros elétricos, aquecedores de torneiras (instalados sob ou sobre pia) e similares são aquecedores elétricos de passagem.
Sua eficácia é menor do que os de acumulação e geralmente são instalados diretamente no ponto de uso. Suas vantagens são o baixo custo e facilidade de instalação, visto que dispensam a tubulação de água quente.
No caso dos chuveiros e das torneiras elétricas há como desvantagem o alto consumo e, não é incomum, o baixo rendimento. Como consequência, a água pode não estar suficientemente aquecida nos dias mais frios ou, para atingir uma temperatura mais alta, pode ser necessário reduzir demais o volume de água, a ponto de o banho ficar desconfortável.
Mas o mercado oferece bons aquecedores de passagem, com capacidade de atender a mais de um ponto e ótimo nível de aquecimento. Obviamente, seu custo é superior ao dos chuveiros elétricos e, o consumo, igualmente considerável.
Os aquecedores elétricos de acumulação são usualmente chamados de boilers. Tem formato similar aos aquecedores a gás de acumulação: uma espécie de grande cilindro metálico.
A água fica acumulada dentro deste cilindro e permanece aquecida por resistências elétricas. As vantagens desse sistema são sua eficácia na produção de água quente, o fato de a água chegar rapidamente ao ponto de consumo e a possibilidade de atender diversos pontos.
O que elimina parte da desvantagem deste sistema que é o alto consumo de energia, posto que ele trabalha ininterruptamente para manter a água aquecida.
Para reduzir o consumo, entretanto, é possível instalar um timer que aciona o sistema em determinado horário programado (a hora que você costuma chegar em casa, por exemplo), deixando o boiler desligado o restante do dia.
Os aquecedores solares têm ganhado bastante espaço nos últimos anos e mais recentemente têm sempre sido cogitados como uma forma de melhorar a eficiência energética das construções, tornando-as mais sustentáveis.
O sistema exige espaço e exposição à insolação, por isso é quase sempre instalado no telhado ou laje das casas. É composto por uma série de placas de aquecimento (superfícies percorridas por filetes de água que são aquecidos pelo sol) ligadas por uma bomba a um cilindro de acumulação.
Em geral, esse cilindro também possui uma resistência e funciona como um boiler elétrico, seja para manter a água quente à noite, seja em dias de pouca insolação.
O sistema solar tem um custo de instalação mais alto do outras opções de aquecimento, mas a redução na conta de luz e gás deve, após determinado tempo de uso, compensar o investimento e gerar benefícios para o usuário. Para essa conta fechar, entretanto, é necessário que o uso seja constante. Assim, em casas de veraneio, a questão financeira deve ser analisada mais criteriosamente.
Além das tipologias descritas acima existe uma série de aquecedores comunitários, mais conhecidos como caldeiras, que são comuns em edifícios de apartamentos, hotéis, hospitais.
As caldeiras podem funcionar a gás, eletricidade ou até a lenha, e a sua escolha deve sempre ser baseada em uma série de questões muito específicas, realizada usualmente por profissionais da área de hidráulica. Outras formas de se aquecer água estão em pesquisa, tanto em âmbito doméstico como nos de maior escala, e os próximos anos prometem novas tecnologias.